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ToggleNo início deste ano, a violência obstétrica ganhou a atenção das gestantes, devido a um material que uma influenciadora digital vazou em suas redes sociais do seu parto.
Neste material, a paciente capta uma série de abusos cometidos por um médico obstetra, como xingamentos e tentativa de realização da episiotomia sem consentimento da paciente.
No entanto, esse é somente um caso de tantos que já aconteceram no país. De acordo com dados da pesquisa Nascer no Brasil, coordenada pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-Fiocruz), apenas metade das mulheres dão à luz em boas práticas obstétricas.
A violência obstétrica acontece no Brasil há anos, mas como o assunto não é tão discutido, muitas mulheres não sabem reagir quando estão enfrentando essa situação.
Como mulher e obstetra, meu dever é informá-las sobre o que o assunto se trata. Portanto, neste artigo eu vou explicar o que é e como se prevenir de situações de violência obstétrica. Antes de tudo, compartilhe este artigo para ajudar mais mamães! Vamos lá?
O que é violência obstétrica?
Segundo o Ministério da Saúde:
“A Violência Obstétrica é aquela que acontece no momento da gestação, parto, nascimento e/ou pós-parto, inclusive no atendimento ao abortamento. Pode ser física, psicológica, verbal, simbólica e/ou sexual, além de negligência, discriminação e/ou condutas excessivas ou desnecessárias ou desaconselhadas, muitas vezes prejudiciais e sem embasamento em evidências científicas”.
Já de acordo com o documento divulgado pela Rede Feminista de Ginecologistas e Obstetras, a violência obstétrica é quando a mulher em trabalho de parto, sofre ações que causem dor, dano ao corpo ou sofrimento desnecessário durante o período gestacional e no pós-parto.
Segundo especialistas, a violência pode ser física, psicológica ou verbal, e também pode incluir negligência, discriminação ou condutas excessivas ou não recomendadas.
Muitos pensam que só é considerado violência obstétrica atos de agressão clara ou absurda. Mas, não é por aí! A violência obstétrica também pode ser sucinta.
As práticas que submetem a mulher a protocolos e rotinas rígidas, que são desnecessárias, desrespeitando seu corpo e ritmos naturais, podem ser consideradas como violência obstétrica.
Alguns médicos consideram que a violência obstétrica também se encaixa quando o profissional da saúde realiza procedimentos durante o parto normal ou cesárea sem o consentimento da mulher.
Como prevenir a violência obstétrica?
A violência obstétrica pode tanto acontecer no parto normal quanto na cesárea.
Para se prevenir de situações pavorosas que nem essa, nós temos que estar atentas a alguns pontos. Por isso, trouxe algumas dicas detalhadas que podem servir para se safar dessa. Confira!
Parto humanizado
Uma forma de evitar a violência obstétrica é optar pelo parto humanizado com profissionais que realmente são adeptos e praticam a humanização.
O parto humanizado é baseado em três premissas básicas, sendo elas: respeito à fisiologia do parto, base em evidências científicas e o protagonismo da mulher. Ou seja, nosso corpo já está preparado para isso.
Pré-natal adequado
De acordo com especialistas, a melhor forma de se prevenir à violência obstétrica é mostrar a sua voz durante as consultas de pré-natal.
Quando falamos de “mostrar a voz”, queremos que a mulher seja a protagonista de seu parto. Deste modo, não é necessário ficar com medo de questionar o médico, mostre a ele o que você quer e o que você não quer.
Dessa maneira, fica mais fácil de entender o que pode acontecer durante o parto. Por exemplo: quando as intervenções cirúrgicas são realmente necessárias e quais são as indicações de uma cesariana.
Caso a comunicação com o seu médico esteja robusta, é válido mudar o rumo do seu pré-natal. Procure por um médico que realmente proporcione conforto e retire todas suas dúvidas nas consultas.
E, lembre-se, que para qualquer coisa eu estou aqui! Será um grande prazer recebê-la em meu consultório.
Plano de parto
Basicamente, o plano de parto é um documento que a mulher desenha como deseja seu parto. Você pode saber mais sobre sua importância neste artigo que elaborei com todo carinho!
O plano de parto, embora não sirva como documento jurídico em casos de violência obstétrica, serve para que as gestantes fiquem menos suscetíveis às decisões de intervenções cirúrgicas durante o trabalho de parto.
Para desenvolver um completo, você deve contar com uma equipe médica, pois essa documentação é realizada ao longo da gestação e deve ser estar em constante acompanhamento.
Eu disponibilizo gratuitamente um modelo de plano de parto repleto de explicações. Clique abaixo e baixe já:
Conclusão
O momento do parto é muito esperado e único na vida de uma mulher. Cheio de expectativas, sensações e até alguns medos.
Já parou para pensar que também é um dos momentos de maior vulnerabilidade que ela irá experienciar na vida?
Pois é, infelizmente, nem todas recebem o parto que merecem e digo isso com muita dor no coração, porque justamente nesse momento tão intenso, muitas mulheres sofrem Violência Obstétrica!
Estima-se que cerca de 25% das mulheres grávidas, aproximadamente, passaram por violência obstétrica.
A Violência Obstétrica não está relacionada apenas ao Médico, mas, sim, a qualquer profissional que preste assistência à gestante desde a portaria do hospital até o ambiente de parto.
Meu objetivo aqui não é polemizar nem criticar os profissionais, e sim prevenir práticas desnecessárias e incorretas, como xingamentos, mandar “parar de gritar”, recusar atendimento, realizar intervenções e procedimentos médicos desnecessários e abusivos, como exames de toque a todo instante, grandes episiotomias, empurrar a barriga, cesáreas desnecessárias e tantas outras práticas invasivas.
Por isso, eu digo: Informe-se e procure uma equipe que trabalhe de forma humanizada!
Toda mulher merece e deve ter um parto repleto de amor, respeito e com as melhores condições possíveis.
Para denunciar casos como esse, você pode e deve ir ao hospital em que foi atendida. Também na secretaria de saúde responsável pelo estabelecimento (municipal, estadual ou distrital) e nos conselhos de classe — Conselho Regional de Medicina (CRM) para médicos ou Conselho Regional de Enfermagem (COREN) para enfermeiros ou técnicos de enfermagem, por exemplo. Para atendimento telefônico, ligue para o 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou no 136 (Disque Saúde).
E, lembre-se! Eu sou totalmente contra a violência obstétrica e sempre estarei aqui para fornecer um acompanhamento humanizado para todas as minhas pacientes.
Se quiser ser acompanhada por mim, será um prazer lhe receber. Pode contar comigo! Agende uma consulta através do WhatsApp e promova uma gestação mais tranquila.
Dra Marina Mariz
Ginecologista e Obstetra
Defensora do Parto Humanizado
Especialista em Gestação de Alto Risco
Uma das Fundadoras da Casa Perinatal
Para agendamentos e maiores informações sobre atendimentos, entre em contato no WhatsApp: 31 99608-2883, clicando no link a seguir você já será direcionado para esse whatsapp: https://bit.ly/34bfsVk





