A gravidez é uma fase mágica na vida de muitas mulheres. É o momento de esperar, sonhar e se preparar para a chegada de um novo membro na família. No entanto, também é um período em que o corpo da mulher passa por inúmeras mudanças e adaptações, e, infelizmente, algumas complicações podem surgir. Uma dessas complicações é a Síndrome de HELLP, uma condição rara, mas séria. Neste artigo, vamos desvendar o que é a Síndrome de HELLP, seus sintomas, causas e tratamentos disponíveis.
O que é a Síndrome de HELLP?
A Síndrome de HELLP é uma complicação obstétrica que geralmente ocorre no final da gravidez, embora também possa se manifestar após o parto. O nome “HELLP” é um acrônimo que descreve suas principais características:
- H (Hemolysis) – Hemólise, que é a quebra das células vermelhas do sangue.
- EL (Elevated Liver enzymes) – Enzimas hepáticas elevadas, indicando lesão hepática.
- LP (Low Platelet count) – Baixa contagem de plaquetas, levando a problemas de coagulação.
Causas e Fatores de Risco
As causas exatas da Síndrome de HELLP ainda não são totalmente compreendidas. No entanto, acredita-se que fatores genéticos, vasculares e imunológicos possam estar envolvidos. Alguns fatores de risco incluem:
- Ter tido a síndrome em uma gravidez anterior.
- Mulheres com mais de 25 anos.
- Gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos, etc.).
Sintomas e Diagnóstico
Os sintomas da Síndrome de HELLP podem ser variados e, muitas vezes, confundidos com outras condições. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Dor no abdômen superior ou no meio do tórax.
- Náusea ou vômito.
- Sensação de mal-estar geral.
- Dor de cabeça intensa.
- Pressão arterial alta.
O diagnóstico é feito através de exames de sangue que avaliam a função hepática, a contagem de plaquetas e a presença de hemólise.
Tratamento e Prevenção
O principal tratamento para a Síndrome de HELLP é a aceleração do parto, visto que a condição pode ser perigosa tanto para a mãe quanto para o bebê. Em casos onde a síndrome se manifesta muito cedo na gravidez, os médicos podem tentar tratar e estabilizar a mãe com medicamentos até que seja seguro para o bebê nascer.
A prevenção inclui um acompanhamento pré-natal rigoroso, especialmente para mulheres com fatores de risco. O diagnóstico e tratamento precoces são cruciais para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Via de Parto na Síndrome de HELLP: Qual é a Mais Segura?
A Síndrome de HELLP, complicação obstétrica rara, mas grave, frequentemente determina a necessidade de acelerar o parto para garantir a segurança tanto da mãe quanto do bebê. A escolha da via de parto — se vaginal ou cesariana — é uma decisão crucial nesse cenário. Em casos onde o bem-estar fetal está em risco ou a mãe apresenta instabilidade, a cesariana é frequentemente preferida por ser uma intervenção mais rápida. Contudo, se ambos, mãe e feto, estiverem estáveis e o colo do útero favorável, um parto vaginal induzido pode ser considerado, sempre sob rigorosa monitorização. Esta decisão deve ser tomada em conjunto por uma equipe médica especializada, tendo sempre em vista o melhor desfecho para mãe e filho.
Conclusão
A Síndrome de HELLP, embora rara, é uma condição séria que requer atenção imediata. O conhecimento e a conscientização sobre seus sintomas e fatores de risco são essenciais para garantir um diagnóstico e tratamento oportunos. Sempre consulte um médico ou profissional de saúde se suspeitar que está experienciando os sintomas desta síndrome. E lembre-se, um acompanhamento pré-natal adequado é a chave para uma gravidez saudável e segura.
Dra Marina Mariz
Ginecologista e Obstetra
Defensora do Parto Humanizado
Especialista em Gestação de Alto Risco
Uma das Fundadoras da Casa Perinatal
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