O que é Placenta Acreta?
A placenta acreta é uma complicação obstétrica que ocorre durante a gravidez, na qual a placenta se fixa de forma anormal na parede uterina. Normalmente, a placenta se desprende facilmente após o parto, mas no caso da placenta acreta, ela se adere de forma excessiva e não se desprende completamente. Essa condição pode levar a complicações graves tanto para a mãe quanto para o feto.
Causas da Placenta Acreta
A placenta acreta ocorre quando há uma falha na formação adequada da camada de tecido que separa a placenta do útero. Isso pode ser causado por diversos fatores, como cicatrizes uterinas devido a cirurgias anteriores, como cesáreas, miomectomias ou curetagens uterinas. Outros fatores de risco incluem placenta prévia, idade materna avançada, gravidez múltipla e tabagismo.
Sintomas da Placenta Acreta
A placenta acreta pode ser assintomática durante a gravidez, mas alguns sinais podem ser observados durante o pré-natal. Esses sinais incluem sangramento vaginal anormal, dor abdominal, contrações uterinas irregulares e crescimento fetal inadequado. No entanto, esses sintomas podem ser confundidos com outras condições, por isso é importante realizar exames de imagem, como ultrassonografia, para confirmar o diagnóstico.
Diagnóstico da Placenta Acreta
O diagnóstico da placenta acreta é feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética. Esses exames podem mostrar a aderência anormal da placenta à parede uterina e a presença de vasos sanguíneos invasivos. Além disso, é importante realizar exames de sangue para avaliar os níveis de hemoglobina e hematocrito, que podem estar diminuídos devido ao sangramento causado pela placenta acreta.
Complicações da Placenta Acreta
A placenta acreta pode levar a complicações graves tanto para a mãe quanto para o feto. Para a mãe, as principais complicações incluem hemorragia pós-parto, infecção uterina, lesão uterina e necessidade de histerectomia. Já para o feto, as complicações podem incluir restrição de crescimento intrauterino, parto prematuro e sofrimento fetal.
Tratamento da Placenta Acreta
O tratamento da placenta acreta depende da gravidade do caso e da idade gestacional. Em alguns casos, é possível realizar um parto vaginal, desde que não haja risco de hemorragia. No entanto, na maioria dos casos, é necessário realizar uma cesárea seguida de histerectomia, ou seja, a remoção do útero. Em casos menos graves, pode ser realizada a remoção cirúrgica da placenta, preservando o útero.
Prevenção da Placenta Acreta
Como a placenta acreta está associada a cicatrizes uterinas devido a cirurgias anteriores, a melhor forma de prevenção é evitar cesáreas desnecessárias. É importante que as mulheres discutam com seus médicos as opções de parto vaginal após cesárea (VBAC) e avaliem os riscos e benefícios de cada opção. Além disso, é fundamental realizar um pré-natal adequado e realizar exames de imagem para detectar precocemente qualquer alteração na placenta.
Conclusão
A placenta acreta é uma complicação obstétrica que pode trazer riscos tanto para a mãe quanto para o feto. É importante que as mulheres estejam cientes dos fatores de risco e dos sintomas dessa condição, para que possam buscar ajuda médica o mais cedo possível. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê.