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Métodos Anticoncepcionais Pós-Parto: O Que Você Precisa Saber

Após o nascimento de um bebê, muitas mulheres começam a pensar sobre como retomar ou iniciar o controle de natalidade. Seja você uma mãe de primeira viagem ou já tenha outros filhos, é fundamental entender as opções disponíveis e como elas podem afetar seu corpo e sua rotina. Aqui, exploramos os métodos anticoncepcionais mais indicados para o período pós-parto.

Amamentação como Método Natural

A amamentação pode atuar como um método anticoncepcional natural, graças a um fenômeno chamado “Lactação Amenorreia”. Quando a mãe amamenta exclusivamente e com frequência, seu corpo libera o hormônio prolactina, que pode suprimir a ovulação. No entanto, sua eficácia depende de uma amamentação regular e exclusiva e não é garantida a longo prazo. Portanto, é fundamental discutir com um profissional de saúde sobre métodos contraceptivos adicionais se a gravidez não for desejada.

O DIU (Dispositivo Intrauterino):

  • DIU de Cobre: Este dispositivo em forma de T é revestido com cobre e atua principalmente impedindo que o espermatozoide fertilize o óvulo. Além disso, altera o revestimento do útero, tornando menos provável que um óvulo fertilizado se implante. É uma opção não hormonal, podendo durar até 10 anos.
  • DIU Hormonal: Este libera uma pequena quantidade de progestina (um tipo de hormônio) no útero. A progestina torna o muco cervical mais espesso, impedindo a passagem dos espermatozoides, e afina o revestimento do útero, reduzindo a chance de implantação de um óvulo fertilizado. Dependendo do modelo, pode durar de 3 a 7 anos.

O Implante Contraceptivo:

Este dispositivo libera continuamente uma dose baixa do hormônio progestina no organismo. Esse hormônio atua de várias maneiras para prevenir a gravidez: suprime a ovulação (impedindo a liberação de óvulos pelos ovários), torna o muco cervical mais espesso dificultando a passagem dos espermatozoides, e altera o revestimento do útero, reduzindo a probabilidade de um óvulo fertilizado se implantar. Uma das grandes vantagens do implante é sua duração: oferece proteção contra a gravidez por até três anos, mas pode ser removido a qualquer momento se a mulher decidir que deseja engravidar. Além disso, é uma opção compatível com a amamentação, pois não interfere na produção de leite materno.

Pílulas Anticoncepcionais:

  • Tipos de Pílulas: Existem duas categorias principais de pílulas anticoncepcionais: as só de progestógeno (mini-pílulas) e as combinadas, que contêm estrogênio e progestógeno.
  • Mini-Pílulas e Amamentação: As mini-pílulas são frequentemente a opção recomendada para mulheres que estão amamentando. Ao contrário das pílulas combinadas, elas não contêm estrogênio, que pode interferir na produção de leite.
  • Regularidade: É essencial tomar a mini-pílula todos os dias, no mesmo horário, para assegurar sua eficácia como método contraceptivo.
  • Efeitos Colaterais: As pílulas só de progestógeno tendem a apresentar menos efeitos colaterais relacionados ao estrogênio, tornando-as uma opção mais suave para algumas mulheres.
  • Consultoria Médica: Ao considerar opções anticoncepcionais após o parto, é crucial consultar um médico ou especialista em saúde reprodutiva para obter orientação e garantir a escolha mais adequada para sua situação individual.

Injeções Anticoncepcionais:

As injeções anticoncepcionais, predominantemente à base de progestógeno, oferecem uma abordagem conveniente para a contracepção, uma vez que impedem a ovulação e proporcionam proteção contra a gravidez por até três meses. Essa periodicidade elimina a necessidade de uma rotina diária, como é o caso das pílulas. Além disso, essas injeções são compatíveis com a amamentação, pois não afetam negativamente a produção de leite. No entanto, assim como outros métodos hormonais, elas podem apresentar efeitos colaterais, incluindo alterações no padrão menstrual, ganho de peso e sensibilidade nas mamas. Antes de escolher este método, é essencial conversar com um médico sobre possíveis efeitos colaterais e considerações quanto à reversibilidade da contracepção, já que, após a interrupção das injeções, a fertilidade pode demorar alguns meses para retornar.

Preservativos:

  • Preservativo Feminino: É uma bolsa fina e flexível, geralmente feita de nitrilo, que é inserida na vagina antes da relação sexual. Funciona como uma barreira, impedindo que os espermatozoides alcancem o óvulo. Além de prevenir a gravidez, oferece proteção contra várias doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
  • Preservativo Masculino: Mais comum e amplamente disponível, é feito geralmente de látex ou poliuretano. É colocado no pênis ereto antes do contato sexual, agindo como uma barreira para evitar que os espermatozoides entrem na vagina. Também protege contra DSTs quando usado corretamente.
  • Uso Combinado: Utilizar ambos os preservativos, feminino e masculino, simultaneamente não é recomendado, pois o atrito entre eles pode causar rupturas. No entanto, combinar o uso de preservativos com outros métodos anticoncepcionais pode aumentar a eficácia na prevenção da gravidez e oferecer proteção adicional contra DSTs.

Diafragma:

O diafragma é um dispositivo em forma de cúpula feito de silicone ou borracha que é inserido na vagina para cobrir o colo do útero, atuando como uma barreira para impedir que os espermatozoides alcancem o óvulo. É frequentemente usado em conjunto com um espermicida para aumentar sua eficácia. Após o parto, é essencial que as mulheres que já usavam o diafragma antes da gravidez sejam reavaliadas por um profissional de saúde para garantir o ajuste correto, já que as mudanças físicas decorrentes do parto podem afetar o tamanho necessário. Para aquelas que desejam evitar métodos anticoncepcionais hormonais, o diafragma pode ser uma opção atrativa. No entanto, vale lembrar que, ao contrário dos preservativos, o diafragma não oferece proteção contra doenças sexualmente transmissíveis.

Conclusão:

A fase pós-parto é uma mistura de emoções e novas responsabilidades. Enquanto você se adapta à maternidade e se reconecta com seu corpo, a escolha de um método anticoncepcional adequado é uma decisão que merece atenção e reflexão. Cada mulher é única, e o que funciona para uma pode não ser a melhor opção para outra. É essencial conversar com um profissional de saúde, discutir suas prioridades, avaliar potenciais efeitos colaterais e considerar a compatibilidade com a amamentação. Seja qual for a sua escolha, o importante é sentir-se confiante e apoiada em sua decisão, permitindo que você viva a maternidade com tranquilidade e plenitude. E lembre-se: o autocuidado e o conhecimento são ferramentas poderosas em sua jornada como mãe.

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